Fatores que estimulam a procura por móveis
A construção residencial no Brasil tem experimentado um crescimento contínuo ao longo dos últimos anos, influenciada por vários fatores, entre os quais o aumento do poder aquisitivo da população e as políticas públicas para o financiamento imobiliário, especialmente para as classes emergentes.
O país tem 56 milhões de lares (com base em dados de 2007 fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e 87% delas são famílias que pertencem às camadas da população que mais se beneficiam das políticas de financiamento, assim o potencial para a aquisição de móveis está crescendo.
Em 2009, o principal banco público que oferece financiamento habitacional ofereceu US$ 27 bilhões nesse tipo de crédito, somente no primeiro semestre de 2010 esse montante foi maior do que US$ 20 bilhões. Uma parte significativa deste crescimento está relacionado a um programa governamental chamado "Minha Casa, Minha Vida", que oferece subsídios para a compra da primeira casa.
A operação de venda conjunta de unidade habitacional e do mobiliário, ou o co-financiamento, ainda não é muito comum no Brasil, mas alguns construtores, em associação com mobiliário personalizado e empresas, começaram a incentivar os clientes a investir mais em peças de mobiliário.
Algumas construtoras já oferecem imóveis com crédito para a compra de mobiliário modular em lojas associadas. Há também a iniciativa de alguns projetos-piloto em eventos profissionais propõem negociação conjunta entre construtores e indústrias de móveis.
Outro fator de incentivo para o desenvolvimento da construção civil no Brasil, e o eventual crescimento resultante da indústria de móveis nos próximos anos, está relacionado com a Copa do Mundo a ser realizada no país em 2014, o que deve gerar cerca de US$ 35 bilhões em investimentos, e os Jogos Olímpicos de 2016 com cerca de US$ 10 bilhões. Apenas para os Jogos Olímpicos, se estima que será necessário a construção de mais de 20.000 unidades hoteleiras para complementar as 23.000 unidades já existentes.