Madeira tratada de florestas plantadas diminui a pressão sobre matas nativas e é um recurso 100% renovável que garante maior durabilidade para a peça final
No Brasil, o alicerce construtivo baseia-se em construções feitas de alvenaria, por isso há resistência na utilização de madeira tratada de florestas plantadas na construção civil. Esse fator tem afetado o setor industrial madeireiro nacional.
Além de ser ecologicamente correta, a madeira tratada de florestas plantadas é mais barata, resiste a pragas, dura mais e tem beleza singular. Embora seja associado ao desmatamento e, consequentemente, ao aquecimento global, o uso de matéria-prima proveniente da área de reflorestamento incentiva o plantio de árvores, que consomem CO2 e reduzem a propagação de gases causadores do efeito estufa.
São produzidos por ano no País, 1 milhão e 200 mil metros cúbicos de madeira tratada, considerando que 10% se destinam a construção civil, na qual não existe restrição para o uso da madeira tratada. As opções de projetos estruturais são várias, entre elas, casas, pontes, passarelas, playgrounds, coberturas, mirantes, telhados, galpões, entre outras.
O tratamento de eucalipto e pinus (árvores com características que facilitam o plantio, a manutenção e a colheita), é realizado em usinas de tratamento por vácuo pressão ou auto-clave. O equipamento de auto-clavagem, é o único com capacidade de impregnar profundamente a madeira com produtos inseticidas e fungicidas de ação comprovada, protegendo o suplemento contra apodrecimento, cupim e outros problemas biólogos de deterioração.
A falta de conhecimento interfere diretamente no uso da madeira tratada na construção civil. Muitos arquitetos não conhecem os benefícios do uso desse material, que pode tornar os projetos mais baratos e oferecer maior empenho nas composições estruturais. Um dos principais benefícios é a robustez obtida, que aliada ao tratamento químico resulta em longevidade, fica de 10% a 20% mais barato que uma estrutura com madeira nativa serrada, oferece boas características técnicas, beleza singular e acima de tudo é uma opção sustentável porque provém de uma fabricação limpa.
A ABPM e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) desenvolvem um projeto de qualificação das unidades industriais, e são auditadas quanto aos aspectos técnicos e legais, criando o Selo de Qualificação, que credencia as empresas como verdadeiras tratadoras de madeira.
De olho na origem:
Evite construir com madeira de origem não certificada. O DOF (Documento de Origem Certificada) registra a procedência e todos os passos dados pela madeira, com fiscalização do Ibama. Esse alerta se deve ao fato de algumas construtoras exigirem a madeira de lei (nativa). Faça diferente, exija o selo verde e promova sustentabilidade.