As instalações com voltagem 110 e 220 têm o mesmo desempenho, consumo de energia de grau de periculosidade. Ou seja, escolher entre uma ou outra não vai acarretar economia na conta de luz, melhor funcionamento dos aparelhos nem mais segurança para a casa. "O consumo de energia é dado pela potência elétrica (Watts) dos aparelhos que estão ligados na instalação e não pela tensão (Volts). Um aquecedor de 1.500W registrará o mesmo nível de consumo numa instalação de 110V ou de 220V", observa Nelson Volyk. Da mesma forma, levar um choque em qualquer uma das voltagens é igualmente perigoso e capaz de causar morte.
O engenheiro eletricista Hilton Moreno esclarece que a única diferença entre as voltagens está relacionada ao dimensionamento dos componentes da instalação elétrica, já que usar tensão nominal 220V permite que os fios que vão transportar a energia pela residência sejam de calibre menor, isto é, mais finos do que os usados para 110V. "De certa forma, mas não muito significativa, fazer a instalação em 220V sairia um pouco mais barato, porque os fios seriam mais baratos e a mão de obra também, pois dá menos trabalho puxar um fio mais fino", afirma Hilton.
Ele também explica que no Brasil se convencionou usar 110V para a alimentação de lâmpadas e tomadas, e 220V para equipamentos de alta potência, como ar condicionados, chuveiros e torneiras elétricas.
Nelson Volyk ressalta que a escolha da tensão nominal não é puramente do usuário. "Temos regiões onde a distribuição elétrica é 110V, 115V ou 127V, em outros é 220V e, em outros ainda bifásica, ou seja, 110V, 115V ou 127V e 220V. Portanto, a escolha não é uma opção do usuário. Por isso, a orientação é procurar um profissional que tenha conhecimento da tensão elétrica da região e local onde executará o serviço, pois ele saberá qual é o caso do imóvel do consumidor", argumenta.