A nova classe média chega com força no mercado online. Classificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) com uma renda mensal de R$ 1.064 a R$ 4.591, ela representa 80% dos acessos feitos à Internet no Brasil, segundo o Data Popular.
Esta classe, definida como C, gasta em média R$ 273 bilhões por ano em compras virtuais no débito, valor que dobra se for considerado o crédito disponível, o que surpreende e contribui para o aumento do faturamento do e- commerce – comércio eletrônico.
De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (e-PCCV), realizada pela Fecomércio em parceria com a empresa e-Bit, este faturamento das lojas virtuais, já supera a soma dos balanços de todos os shopping centers do Estado de São Paulo.Na opinião do sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, isso se deve a democratização da informação e, com ela, do poder de compra, a partir do comércio virtual, como no Portal CASAeOFERTA. "A Internet radicalizou o poder de escolha e de comparação de preços e produtos que o controle da inflação concedeu há 15 anos", observou Meirelles.
Os produtos mais procurados pela dita nova classe média na web são eletrodomésticos, aparelhos de informática, livros e telefonia celular. O que contabiliza um gasto médio mensal de R$ 321 por famílias renda de até R$ 3 mil.
Até o final do ano, a quantidade de brasileiros que irá realizar compras pela internet deve contabilizar cerca de 28 milhões de pessoas, estima o e-Bit. No entanto a "digitalização" da nova classe média está sendo desenvolvida não pelo computador, mas principalmente via celular, já que existem 230 milhões de linhas móveis no Brasil.Além de dominar o cenário digital de compras, a classe média, que deixou de ser um nicho de mercado para se tornar a realidade brasileira, é responsável por 78% do que é comprado em supermercados, segundo dados do instituto de pesquisa Data Popular. Ainda são da classe C as porcentagens de 60% das mulheres que frequentam salões de beleza e de 70% dos cartões de crédito utilizados no País. "Hoje, é impossível fazer qualquer plano de comércio sem considerar esta classe", afirmou Meirelles.
