Uma construção pode ser responsável por grandes danos ao meio ambiente, isso devido o alto consumo de recursos naturais não renováveis e o uso de substâncias tóxicas, que agravam a poluição atmosférica, contribuindo assim para o efeito estufa. Desta forma, com a necessidade de alternativas ecologicamente corretas, o setor de arquitetura e construção civil está sendo levado a repensar os padrões atuais.
Sendo assim, surge uma demanda mundial por materiais de construção sustentáveis e em resposta a ela, o desenvolvimento de um mercado de ecoprodutos e tecnologias fabricados em escala industrial, ancorado pelo Instituto de Desenvolvimento de Habitação Ecológica (IDHEA).

No que se refere ao material de construção ecológico, ele é definido essencialmente pelo critério ACV (análise do ciclo de vida), instrumento que avalia o impacto ambiental dos produtos por todos os estágios de sua vida útil (origem, geração de resíduos contaminantes e possibilidade de reutilização).
Para saber ainda se o material é realmente ecológico é preciso analisar se matéria-prima é virgem ou reciclada, se é um recurso renovável, se apresenta baixo consumo de energia e água, se processo de instalação e manutenção é poluente, como é a logística de distribuição do produto, se embalagem pode ser reciclada e se possui algum tipo de certificação (tipo ISSO 14001).

A única aparente desvantagem é o preço, que varia entre 5 e 10% a mais que uma construção comum, no entanto, o retorno do investimento pode ser significativo e compensar em outras áreas, como na redução do consumo de energia e água. Além disso, a utilização desse tipo de material contribui para o equilíbrio ecológico do lugar, melhorando a qualidade do ar interior e elevando a durabilidade da construção.