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BIM: Menos incertezas, mais possibilidades


Mais do que transformar o processo de produção, o BIM trará mudanças profundas para a gestão das empresas 

O que muda com o BIM (Building Information Modeling)

A modelagem do projeto em 3D reúne literalmente os projetistas num mesmo espaço, estreitando as relações e diminuindo os desvios e omissões na elaboração de projeto. Ao permitir a construção virtual dos edifícios antes que eles sejam erguidos no terreno real, o BIM tem prometido revolucionar a área técnica das empresas de construção no Brasil. 

Embora a modelagem da informação da construção - como foi traduzido o termo BIM - esteja mais arraigada em países do hemisfério norte, algumas empresas brasileiras já começam a estudar a implantação da tecnologia. Mas, além dos benefícios técnicos, quais serão os impactos da nova forma de projetar e construir sobre o negócio das construtoras e incorporadoras?

Implantar o BIM exige, antes de mais nada, gastos expressivos tanto com as licenças dos softwares e treinamento dos usuários, quanto com computadores mais potentes. Além disso, a implantação requer uma definição clara das necessidades de cada incorporadora.

No Brasil, o que motiva a implantação do BIM, é que se vende muito em planta. Assim, o orçamento tem que ser perfeito e por isso a extração de quantitativos é muito importante. Devido à necessidade de controlar a qualidade, as empresas brasileiras estão começando a padronizar seus projetos e o BIM facilita este trabalho. Existem softwares que fazem a checagem do modelo, ou seja, conferem se o projeto segue regras estabelecidas pela construtora.

Um dos departamentos mais impactados pelo BIM será, certamente, o de orçamentos. A extração de quantitativos do projeto, hoje feita manualmente e com margens flexíveis de erro, passa a ser feita de forma automática: uma vez que o modelo paramétrico esteja pronto, o próprio software gera a lista de materiais. Significa que o processo de orçamentação vai se tornar muito mais rápido e certeiro. 

Além disso, a automatização da tarefa braçal do levantamento de quantitativos vai liberar os profissionais de orçamentos para um trabalho muito mais analítico: pensar em estratégias construtivas e alternativas tecnológicas que melhorem o desempenho de cada obra. Esse é outro impacto importante do BIM: ele aumenta as possibilidades de experimentação, tanto no orçamento como na concepção do produto.

Na outra ponta do processo, o BIM tende ainda a diminuir o prazo atual das obras. Grande parte dos erros que seriam descobertos somente durante a execução é eliminada, reduzindo as chances de paralisações e atrasos. Além disso, a possibilidade de simular a sequência construtiva ajuda a tornar o planejamento mais eficiente.

Apesar das boas perspectivas, algumas dessas mudanças não serão tão nítidas no curto prazo. Hoje, mesmo as poucas construtoras que já trabalham com o BIM ainda não o fazem de forma plena. Na prática, a integração entre projetos, orçamentos, planejamento e obra ainda não está completa e o mercado deve levar algum tempo para evoluir nesse sentido.

Em suma, apesar das incontáveis possibilidades abertas pelo BIM, a receita da implantação não é única. É um quebra-cabeça que se monta de acordo com os objetivos de cada companhia.

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